Adoção e o papel da doula no pós-parto do coração

É muito complexo você gerar um ser no seu coração, sentir-se grávida, parir pelo coração, tornar-se mãe, criar um vínculo de amor com uma criança que não nasceu biológicamente de você mas de outrém, e concluir que após o parto do coração você incorpora (coloca para dentro, reune agrupa, anexa) este ser para dentro de você para todo sempre.

No mínimo complicado de explicar, o que dirá de vivenciar, não é mesmo? Pois bem, por isso sempre digo que uma gestação do coração merece um acompanhamento psicológico, que chamo de pré-natal da gestação do coração. Já falamos sobre isso nesse texto: http://gravidezinvisivel.com/gravidez-do-coracao/pre-natal/

E complementando este raciocínio, quero falar com vocês da importância de uma doula no pós-parto do coração. Eu conheci o trabalho exercido pelas doulas muito recentemente, e vejo como teria sido maravilhoso este acompanhamento durante o meu pós-parto do coração.

Olha que interessante o significado de doula que encontrei no dicionário informal:

Assistente de parto sem titulação oficial, que proporciona informação e apoio físico e emocional a mulheres durante a gravidez, o parto e o pós-parto, inclusive amamentação. A palavra doula procede do grego e foi pela primeira vez grafada em caracteres romanos por linguistas franceses. A doula não pode ser considerada parteira; sua função é de dar apoio físico e emocional à mulher em trabalho de parto. Durante a gestação, fornece informações baseadas em evidências científicas para evitar cesarianas indesejadas ou desnecessárias, proporcionar uma experiência positiva de parto e reforçar o vínculo mãe/filho. São figuras importantes na retomada do parto fisiológico, natural, humanizado. (e do coração! Grifo meu). 

Bom, como eu queria provar que a minha teoria de ter um suporte de uma doula no pós-parto do coração tinha fundamento, eu não sosseguei enquanto não conversei com uma profissional da área. E foi então que conheci a Juliana Sell, psicóloga e doula pré e pós-parto na Apoio Materno. Nosso encontro foi muito rico e esclarecedor e, testifiquei que, a aplicação do conhecimento e experiência das doulas nas famílias formadas pela adoção também é algo novo.

Segundo a Ju, O papel da doula também se estende para o pós-parto, chamada atualmente de “doula pós-parto”. Neste tipo de acompanhamento a mãe recebe cuidados de uma profissional com o carinho de uma “comadre”, dando suporte emocional, auxiliando na organização da casa e novas rotinas e dicas sobre cuidados com o filho. Principalmente cuidando das necessidades da nova mãe para que esta possa ter mais tranquilidade e segurança nos cuidados do filho. A doula de um pós-parto do coração é muito importante, pois a mãe que adota também passa por uma grande mudança de vida e de emoções. Pouco se fala sobre isso e é esquecido da importância do apoio emocional e prático da nova família. A mãe por adoção também precisa se adaptar, sentir-se segura, ser cuidada e ouvida em suas novas preocupações. Para que com o carinho e suporte adequados possa se entregar à nova realidade e viver plenamente todas as transformações da maternidade.”

No meu próximo pós-parto do coração certamente terei uma para me acompanhar e ensinar e pelo visto já encontrei a minha!

Tem um site chamado Doulas do Brasil que tem muita informação e lá você também pode fazer uma busca de profissional por região: http://www.doulas.com.br/

Desejo que você encontre a sua doula, e que, receba todo o suporte necessário!

Sorte para todos nós!

Um beijão com carinho,

Luciane Cruz

Dia 25/05 – Dia Nacional da Adoção no Brasil

10923514_718885428208794_4670037907612019976_nHoje é celebrado o Dia Nacional da Adoção aqui no Brasil!

Que este dia seja multiplicado por 365. Que a consciência coletiva a respeito das famílias formadas pela adoção melhore significativamente. Que haja maior compreensão de que o AMOR forma uma família. Que as famílias que pensam em adotar saiam do mundo das ideias e avancem para concretizar o seu objetivo.

Que este espaço continue avançando na sua missão principal de desmistificar a parentalidade através da adoção, abordando o tema de forma leve e amorosa. Sigamos em busca de um lar para cada criança, pois toda criança tem o direito e merece viver em família, num lar com amor e respeito.

Com amor, Luciane, autora do blog Gravidez Invisível.

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Dicionário da gestação do coração – adoção

DICIONÁRIO DA GESTAÇÃO DO CORAÇÃO - ADOÇÃO

DICIONÁRIO DA GESTAÇÃO DO CORAÇÃO – ADOÇÃO

Queridos,

Tentei reunir as palavras que usamos no nosso dia-a-dia como interessados no tema, pretendentes à adoção ou famílias formadas pela adoção. Atualizarei constantemente:

Aborto na gestação do coração – quando chegamos muito próximo de concretizar uma adoção e não dá certo por algum motivo, realmente é como se fosse um aborto. A dor e a sensação de perda são muito intensas, de uma situação que fugiu do seu controle. É como se areia escorresse entre os seus dedos, você não consegue segurar a situação que é bem comum com pessoas que estão aguardando serem chamadas no processo de adoção. Como as pessoas mais próximas sabem da sua história, e na tentativa de ajudar, sempre que ficam sabendo de uma criança que está sofrendo maus tratos ou que foi abandonada, entram em contato para contar a história da criança. Pensamos assim: Será que este é o meu filho (a)? Será que devo fazer algo? É inevitável não pensar nisso… em casos assim sempre pensamos que pode ser o nosso filho!!! Como num caso desses o envolvimento emocional é bem intenso, e a sensação é de um aborto. Sim, um aborto de uma história que não foi vivida afinal a expectativa do possível encontro com o filho foi gerada.

Adoção – a origem da palavra adoção vem do Latim “adoptionem” (adoptio) substantivo de ação passada de “adoptare”; escolheu para si mesmo; tomado por escolha, escolhido, selecionado, adotar, especialmente “para formar uma família”, adotar como filho. A partir de “ad” “a” + “optare” “escolher”, “desejar”, “desejo”. Processo ou ação judicial que se define pela aceitação espontânea de alguém como filho(a), respeitando as condições jurídicas necessárias. Acolhimento voluntário de uma pessoa como integrante de uma família. Ação de adotar, tomar para si com cuidados. Ação de ficar legalmente com uma criança que tem outros pais biológicos; criação de vínculo jurídico de filiação, semelhante à filiação natural, independente da relação sanguínea. Ato de aceitar e/ou começar a praticar diferentes hábitos, conceitos ou ideias. Filiação. Abraçamento. Perfilhação. Ato jurídico pelo qual se estabelece relação legal de filiação.

Atitude adotiva – atitude de adotar algo ou alguém ou uma postura ou hábito. O afeto inerente à atitude adotiva sempre encontrará um caminho. Acontece quando a aceitação de algo ou alguém. É relacional e afetiva. A atitude adotiva é um conceito que pode ser ampliado a outros contextos sociais, ambientais e ecológicos, sensibilizando para a prática da cidadania, respeito ao próximo e a sua diferença, consciência ecológica e ambiental.

Book da gestação do coração – sessão de fotos para celebrar a habilitação no processo de adoção. fotos da gestação do coração para demonstrar todo o afeto e amor na espera do (s) filho (s) que chegarão pela adoção. Recordação da família. Importante para a afirmação do (s) filho (s) que estão chegando. Comprova o tamanho do desejo da família pela (s) criança (s).

Book da família  sessão de fotos após a chegada do (s) filho (s) a família para celebrar o amor e alegria. Recordação da família.

Chá de Boas-Vindas – Chá com o bebê ou com a criança após a chegada do filho à familia através de um processo de adoção. Celebração pela chegada do filho. Normalmente a celebração é realizada após a chegada pois não se sabe ao certo sexo, idade e data da chegada da criança ao lar.

Chutes – os chutes são os movimentos do amor sentindo pela criança que está sendo gerada no coração. São sentidos na alma através de sensações de alegria durante a espera em momentos inesperados seja através de um familiar ou amigo que conversa com você de forma aberta e sem receio de tocar no assunto. Quando sonhamos acordados com o momento da chegada. Quando recebemos uma ligação de um número privado e a primeira coisa que pensamos é que a ligação é da Vara da Infância. Essas sensações mantem viva a chama do amor pela criança que ainda não conhecemos mas que já esperamos com tanto amor.

CNA – Cadastro Nacional da Adoção. É uma ferramenta criada para auxiliar juízes das varas da infância e da juventude na condução dos procedimentos de adoção. Lançado em 29 de abril de 2008, o CNA tem por objetivo agilizar os processos de adoção por meio do mapeamento de informações unificadas. O Cadastro possibilita ainda a implantação de políticas públicas na área. Está sob a responsabilidade do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base nas informações fornecidas pelos tribunais de Justiça dos estados e do Distrito Federal das crianças em acolhimento, cujo pátrio poder já foi destituído, e dos pretendentes habilitados para adoção.

CNJ – Conselho Nacional de Justiça

Contrações – Quando entramos em trabalho de parto. Neste momento sentimos uma emoção incontrolável, nervosismo à flor da pele, felicidade sem tamanho. Porém, também é um momento delicadíssimo pois nesta hora percebemos que o nosso filho está sob os cuidados de outra pessoa. E, muito provavelmente, ainda não temos todas as informações necessárias para ficarmos mais tranquilos, e pensamos em todas as possibilidades, como por exemplo: Será que está em um abrigo passando frio? Está bem alimentado? E se ainda está no hospital, será que está com algum problema de saúde? É muito importante nesta hora tentar manter a calma e o auto-controle para aguentar todas estas contrações da mente, e focar no próximo passo, o parto. Ver trabalho de parto.

Curso de preparação psicossocial e jurídica para adoção – curso obrigatório para os pretendentes a “habilitação para adoção”.

Depressão pós-parto – Independente se o filho é biológico ou foi adotado, é fato que uma criança nova em casa muda completamente a rotina de uma família, e isso inclui noites mal (ou não) dormidas, a mãe e/ou o pai passa a não ter mais vontade própria e tudo gira em torno do filho. Só isso já seria motivo o suficiente para abalar uma pessoa, pense então que além de tudo isso ainda tem que dar conta de todas as questões emocionais que envolvem uma adoção. É bastante coisa para processar internamente.

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. É um conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente, aplicando medidas e expedindo encaminhamentos para o juiz.

Ecografia – entrevista com assistente social e/ou psicológo (a) durante a gestação do coração (processo de adoção em andamento, após a habilitação).

Enjôos – ansiedade; comoção aflitiva do espírito que receia que o filho chegue logo; gera impaciência, que por sua vez gera mal-estar e até mesmo náusea.

Família – Designa-se por família o conjunto de pessoas que vivem na mesma casa formando um lar. A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social. O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é de fundamental importância. É no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações. O ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam a unidade familiar. Conjunto formado pelos pais e pelos filhos.

Filho – pessoa do sexo feminino ou masculino em relação aos pais; descendência. Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade. Fruto do amor dos pais. Um filho traz a continuidade da família. (Não uso aqui o termo filho adotivo pois filho é filho e ponto final, independente da forma como chegou na nossa família.) “...Todos os filhos são biológicos e todos os filhos são adotivos. Biológicos, porque essa é a única maneira de existirmos concreta e objetivamente; adotivos, porque é a única forma de sermos verdadeiramente filhos… (trecho do texto de Luiz Schettini Filho)

Gestação do coração – termo utilizado pelas famílias que vivenciam a maternidade/paternidade através da adoção. A gravidez da adoção se dá no coração, este órgão que fica localizado no peito e que está cheio de sentimentos, sensibilidade, afeição e amor por um ser que não foi gerado embaixo dele (na barriga), mas DENTRO dele. Temos consciência da realidade desta gestação, adquirimos muita coragem para enfrentá-la e aprendemos a mensurar o seu valor durante o tempo de espera.”

Gravidez do coração – veja gestação do coração.

Grupo de apoio à adoção – os Grupos de Apoio à Adoção (GAAs) são formados para a divulgação da Nova Cultura de Adoção, prevenir o abandono, preparar adotantes e acompanhar pais no pós adoção, auxiliar na reintegração familiar, conscientizar  a sociedade sobre a legitimidade da família por adoção e, principalmente, auxiliar na busca ativa de famílias para a adoção de crianças fora do perfil comumente desejado  pelos adotantes (crianças de mais idade, com necessidades especiais ou  inter-raciais). fonte ANGAAD.

Habilitação para adoção – é o positivo da gestação do coração. Deferimento no processo de “Habilitação para adoção”.

Líquido amniótico –  é o amor que não conseguimos mais conter e começa a transbordar do nosso peito durante o trabalho de parto.

Mãe – Relação de parentesco de uma mulher para com seus filhos. Substantivo feminino, significando a “expressão mais alta de aconchego”, de “porto seguro”, de amor incondicional,”de fortaleza”, de carinho, de responsabilidade, de capacidade de gerar (seja na barriga ou no coração), de administrar, de conduzir.

Pai – Relação de parentesco de um home para com seus filhosAquele que cria e educa os filhos. Aquele que se sacrifica para dar o melhor para os filhos. Protetor. Pai é uma palavra com origem no latim pater, e representa a figura paternal de uma família. Na sociedade, um pai tem a função de amar e educar uma criança, dando resposta às suas necessidades mais básicas, para que ocorra o seu saudável desenvolvimento quanto ao aspecto físico, emocional, psicológico e espiritual. Quando a palavra pai é usada com letra maiúscula, normalmente ela se refere aDeus, sendo que algumas expressões usadas para descrever Deus são: Pai Eterno, Pai Celestial, Pai de Amor etc.

Parto do coração – momento do grande encontro com o filho gerado no coração. Momento de dor, de angústia, de medo, mas na hora em que o nosso filho nasce, na hora em que encontramos ele pela primeira vez, toda a dor desaparece. É o milagre da vida. Momento em que nasce uma criança como filho legítimo para os pais e vice-versa. Existem diversos tipos, normal, cesárea, humanizado, e, também o parto do coração. Todos estes partos tem como pré-requisito saúde física e mental para serem bem-sucedidos.

Pós-parto – período após a chegada do (s) filho (s) no seio familiar. Momento especial e que requer cuidados especiais como em qualquer parto. Os pais não passaram por um parto físico (normal, cesária) mas também devem ter uma boa alimentação e descansar pois passaram por um nível elevadíssimo de estresse e precisam estar bem dispostos para estes primeiros dias com o tão sonhado filho. Este início é essencial para a formação do vínculo entre os pais e o filho. Apesar da grande ansiedade da família e amigos mais chegados, é primordial que seja reservado a maior parte do tempo somente entre os pais e a criança. Frequentemente este vínculo leva alguns dias ou semanas de cuidado com a criança – alimentação, vestuário, troca de fraldas – para que o laço eterno seja formado.

Pré-natal da adoção – acompanhamento psicológico durante a gestação do coração. Imprescindível um suporte profissional para lidar com a ansiedade da espera de uma gestação sem prazo definido e sem mudanças físicas visíveis no corpo. Grupo de apoio à adoção. Na gravidez do coração também precisamos cuidar do corpo e da mente. Estresse e ansiedade prejudicam a saúde significativamente e podem prejudicar a preparação para a chegada do (s) filho (s). Um diário também pode ajudar durante este período.
Processo de adoção – processo jurídico para solicitação da “habilitação para adoção”. Inclui entrega de documentos, entrevistas com assistente social e psicológo (a) para emissão de um laudo técnico que será entregue ao juiz para o deferimento ou não da “habilitação para adoção”.
Rompimento da bolsa – se dá quando chega o momento de sair de casa para ir ao encontro do filho por adoção. O líquido amniótico é o amor que não conseguimos mais conter e começa a transbordar do nosso peito. Enfim, é chegada a hora do parto! Quanta dor, quanta angústia, quanto medo, mas na hora em que o nosso filho nasce, na hora em que encontramos ele pela primeira vez, toda a dor desaparece. É o milagre da vida!!
Trabalho de parto – Quando recebemos a ligação da pessoa que está intermediando o processo de adoção, com a informação positiva de que chegou a nossa vez, é como se estivéssemos entrando em trabalho de parto. Neste momento sentimos uma emoção incontrolável, nervosismo à flor da pele, felicidade sem tamanho. É muito importante nesta hora tentar manter a calma e o auto-controle para aguentar todas estas contrações da mente, e focar no próximo passo, o parto.
Observação: Dicionário em construção pela autora do blog. Aceitamos sugestões.
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DICIONÁRIO DA GESTAÇÃO DO CORAÇÃO – ADOÇÃO

Participação no blog Cheguei ao Mundo – Ligeiramente Grávida do Coração – Luciane

Oi gente, pra quem quiser conferir nossa participação no blog Cheguei ao Mundo da atriz Fernanda Rodrigues, segue link e trecho do post:

“A adoção na nossa família não foi um plano B, temos convicção que nossa família foi e está sendo formada por um plano de Deus. O Noah nasceu pra nós há dois anos e é muito amado por toda nossa família. Ele certamente chegou na nossa vida para cumprir um próposito. Hoje nós temos uma missão, espalhar para quem quiser ouvir que uma família formada pela adoção é tão feliz e especial quanto qualquer família. Como disse o pastor coreano Lee Jong­rak: “Eles não são desnecessários no mundo. Deus os enviou aqui com um propósito.” (do filme “The Drop Box”)”

Leia na íntegra no blog Cheguei ao Mundo clicando no link: http://chegueiaomundo.com.br/to-gravida/ligeiramente-gravida-do-coracao-luciane/

Obrigada Bel pelo carinho e atenção especial.

Beijos, Lu  

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Fonte: http://chegueiaomundo.com.br/to-gravida/ligeiramente-gravida-do-coracao-luciane/

Depoimento da Germana: “Ele é meu, um presente de Deus e sempre será! “

Queridos, olha que depoimento lindo da Germana:

Ontem foi o aniversário do meu pequeno de 3 anos e vou colocar aqui o texto que li na hora dos parabéns:

Adoção, plano B? Eu diria que os planos de Deus, que são maiores que os nossos. Muitos perguntaram: – era um vazio e vocês preencheram? Dizemos que não, afinal esse vazio já estava preenchido com Cristo. Outros perguntaram: e quando você terá o seu? Eu respondo: – Ele é meu, um presente de Deus e sempre será! E por final me dizem que vem “coisas” no sangue. Te dizemos: o único sangue que importa é o que foi derramado na cruz por mim e por você, que nos redimiu e nos lavou, que nos amou e se entregou por nós.

Obrigada Jesus pelo nosso presente chamado Diego.

Aniver do Diego

Aniver do Diego

Muita festa pra esse príncipe!

Muita festa pra esse príncipe!

Germana e sua família

Germana e sua família

Adoção: plano B ou plano de Deus?

Queridos, compartilho com vcs esta mensagem pois nem todas as pessoas vêem a adoção desta forma, mas assim eu acredito. Nossa família não foi formada por um plano B, ela foi e continua sendo formada por um plano de Deus. Beijos, Lu


Ester foi adotada.

Moisés foi adotado.

Jesus foi adotado.

Adoção: Plano B… ou… plano de Deus?

Foto: Paula Roselini

Foto: Paula Roselini

Este pastor está salvando centenas de vidas com sua ‘Caixa de Depósito’ e agora sua história chegará aos cinemas

Em Seul, capital da Coréia do Sul, centenas de bebês são abandonados nas ruas todos os anos. O problema tornou-se tão grave, que um pastor coreano decidiu realizar uma ação sem precedentes.

Trata-se de uma história que agora é o tema de um documentário premiado, dirigido pelo cineasta Brian Ivie, que será exibido nos cinemas entre os dias 3 e 5 de março (no Canadá).

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Há alguns anos, comovido por uma reportagem do Los Angeles Times sobre a solução singular descoberta pelo pastor Lee Jong-Rak para o problema do abandono de crianças, Ivie – então estudante de cinema na University of Southern California – arrecadou dinheiro suficiente para levar uma equipe até Seul e filmar esse ministério pequeno mas inspirador.

Bem, o pastor Jong-Rak chama-o de “Caixa de Depósito”. O conceito é simples. Em vez de abortarem ou abandonarem seus filhos, as mães que não podem ou não querem ficar com eles levam-nos até a caixa de madeira afixada na casa do pastor Lee; elas dizem adeus e fecham a porta. A caixa, que é equipada com iluminação e com um sistema de aquecimento, tem uma mensagem em coreano: “Por favor, não jogue fora bebês indesejados ou inválidos, ou bebês de mães solteiras. Por favor, em vez disso, traga-os até aqui.”

Quando a caixa abre, um sino toca e o Pastor Lee, sua esposa ou uma voluntária vai até a caixa e pega o bebê. Desde que o pastor instalou a Caixa de Depósito em 2009, 18 bebês por mês são deixados nela, o dobro do número de crianças que chegam a um orfanato. Ele e a esposa até adotaram 10 desses bebês – é o número máximo permitido pelas autoridades locais.

Às vezes ele fala com as mães face a face. Uma delas disse que pretendia envenenar a si mesma e ao bebê antes de ouvir falar da “Caixa de Depósito”. Outra simplesmente deixou uma nota, que diz o seguinte:

Meu bebê! A mamãe lamenta tanto. Lamento tanto por tomar essa decisão… Espero que você encontre grandes pais… A mamãe ama você mais do que qualquer coisa. Deixo você aqui porque não sei quem é o seu pai. Eu costumava pensar em algo pior, mas acho que essa caixa é mais segura para você… Por favor, perdoe-me.

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O filme de Brian Ivie, apropriadamente intitulado “A Caixa de Depósito”, já ganhou prêmios nos festivais Jubilee e Independent Christian Film. E agora, Focus on the Family, Pine Creek Entertainment, Kindred Image e Fathom Events apresentarão o filme em cinemas selecionados apenas durante três noites, entre os dias 3 e 5 de março.

“A Caixa de Depósito” é o segundo episódio da série Regeneração, produzida pela Focus. São documentários que põem em foco a importância do matrimônio, da família e uma resposta cristã aos problemas sociais apresentados em cada filme. O filme “Irreplaceable” [Insubstituível], do qual Eric Metaxas e eu participamos, foi o primeiro da série.

“A Caixa de Depósito” é o tipo de história que muda vidas. Para sempre. Basta perguntar Brian Ivie. Quando recebeu um dos prêmios pelo filme, ele disse: “Eu me tornei cristão quando fiz esse filme. Quando comecei a fazê-lo e vi todas essas crianças saírem da caixa de depósito, foi como um sinal luminoso do céu. Assim como aquelas crianças com deficiências tinham corpos defeituosos, eu tenho uma alma defeituosa. E ainda assim Deus me ama”.

Meus amigos, a luta pela vida é mais do que política. Ela é decidida na imaginação cultural de muitos modos. Por isso é muito importante que os cristãos apóiem filmes como esse: filmes de alta qualidade que não pregam, mas mostram o quanto a vida é realmente preciosa e como, por outro lado, indivíduos comuns fazem esforços extraordinários para salvar e proteger os mais vulneráveis entre nós.

Então, isto é o que eu gostaria que você fizesse: visite a página do filme “A Caixa de Depósito”. Primeiramente, assista ao trailer do filme. Você dirá: “Eu tenho que assistir a esse filme”. Em segundo lugar, veja quais são os recursos que você e sua igreja podem utilizar para promover esse belo e emocionante filme pró-vida em sua comunidade.

Fonte: http://notifam.com/pt/2015/este-pastor-esta-salvando-centenas-de-vidas-com-sua-caixa-de-deposito-e-agora-sua-historia-chegara-aos-cinemas/

Trailer do filme: https://www.youtube.com/watch?v=yTQ2VTf5vWc

Adoção – poema de Teresa Drummond

ADOÇÃO
Teresa Drummond

Quando o coração reclama
o silêncio omisso
equilibrista
e na corda bamba grita
o desassossego…

Quando o coração aflito
se liberta de medos
e em seu espírito urge
o aconchego…

Quando o coração se surpreende
convexo, pleno, sem fronteira
e desponta o seio
da maternidade…

O coração desarma
o mito
e se faz ventre
diante do berço.

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Pai e filho Foto: Paula Roselini

Conversando sobre adoção: como contar.

Impossível falar sobre adoção sem pensar em como e quando conversar com seu filho sobre isso. Arrisco a dizer que, talvez, esse seja o maior medo dos pais. Ainda é um tema tabu e gera muita insegurança. Como contar? Quando contar?

Primeiramente é importante ressaltar que cada criança é única e cada família tem sua forma e seu tempo de lidar com essa questão, mas de um modo geral a questão da adoção deve falada desde sempre. Desde a chegada do filho, independente da idade que ele tenha. Na medida que a criança for crescendo ela irá começar a compreender o que quer dizer tudo aquilo que ela já estava acostumada a ouvir. É uma forma de ir familiarizando a criança com tema e ir tranquilizando os pais para quando chegar um momento de maiores explicações.

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O diálogo aberto sobre adoção e sobre a história da criança deve existir desde sempre. Desde cedo é importante que a criança perceba que não há segredos, que os pais não mudam de comportamento quando determinado assunto aparece, que eles não se constrangem com perguntas de estranhos, e assim por diante. A criança pequena pode não compreender o conteúdo, mas percebe muito bem as alterações de comportamento dos pais e familiares. Por isso, é fundamental que os pais se sintam emocionalmente seguros para lidar com esse assunto desde cedo ao invés de ir se preparando para o momento da revelação. Aliás, esse é um momento que não deve existir. Aquele momento de tensão onde os pais chamam os filhos para dar uma grave notícia deve existir somente nas novelas. O ideal é que a “revelação” seja natural e gradativa conforme o crescimento da criança.

Vá falando sobre o assunto aos poucos e com uma linguagem adequada para cada faixa etária. Acompanhe a curiosidade natural de seu filho. Ele mesmo irá indicar, através de suas perguntas, o que está pronto para ouvir. Na medida em que ele for se desenvolvendo as perguntas e respostas irão ganhar mais detalhes e conteúdos. Estar aberto para qualquer dúvida que possa surgir é fundamental, bem como acolher qualquer sentimento que possa aparecer conforme as informações vão sendo dadas.

Outro ponto importante ao conversar com as crianças sobre adoção é o respeito com sua história passada. Os pais não devem negar nenhuma informação, mas também não dar nenhum dado além do que o filho está realmente perguntando. Quanto mais natural for a conversa, mais tranquilo será para todos. Na verdade as conversas, pois esse tema surgirá muitas e muitas vezes ao longo do desenvolvimento da criança. A criança precisa da repetição para assimilar o conteúdo que está sendo dito.

Um recurso bastante interessante para esses momentos são os livros e filmes. Claro, sempre adequado para a idade da criança. Quando a criança vai compreendendo a histórinha ela vai se reconhecendo e fica mais fácil de entender a sua própria história. Ao ver que acontece com “os outros” a questão se torna natural e mais fácil de ser compreendida. No site: portaldaadocao.com.br tem indicações de diversos livros com esse tema.

Como disse lá no início, cada família irá encontrar o seu momento e sua forma de abordar a adoção, mas lembre-se de que quanto mais gradativo e natural mais fácil é para todos. Espero ter ajudado com um tema tão profundo e que ainda geram muitas dúvidas.

Até a próxima!

Lívia Oliveira
Psicóloga: CRP 07/18713

http://gravidezinvisivel.com/psicologia-e-adocao/

O chá da verdade!

Gente, achei um relato lindo no blog Em nome do Filho. Foi postado pela Jumaida Maria Rosito. Vale a pena ler! Beijos Lu.


E agora? Como é que eu conto prá essa criança que ela não saiu da minha barriga? Que dó feri-la assim tão cedo. Pode, então, um pensamentozinho matreiro se apresentar como salvador  – e se a gente não contar? Acredito que amaioria dos pais rejeita esse alento, para não se tornar refém de um segredo. Uma parcela deles, empurra o desconforto com a barriga, se protege das críticas e, com uma carranca e um tom de discurso que lembra a certeza inabalável, alega conhecer a hora certa (bem mais tarde, claro).

Faço parte do grupo que acredita que a hora certa de contar é desde sempre. A primeira coisa que intui quando meus filhos chegaram (tres deles juntos) foi a necessidade de trazê-los para dentro de mim, que é um parto ao contrário, para me tornar sua mãe. A maneira que achei de fazer isso foi ignorar os berços, desmontar minha cama, forrar o chão de colchões e, para horror dos manuais, dormir com eles, assim, todos meio amontoados, como bichinhos que se procuram, se encostam, se roçam, se catam e passam a ter, finalmente, o mesmo cheiro.

E foi acampada no quarto que comecei a criar sua história. Falei em um céu com anjos-criança, que passavam o dia moldando nuvens comestíveis e criando brinquedos do nada; enfeitei mais ao falar de suas roupas, da cor de seus cabelos e de como eram bem cuidados. Contei que em sonhos, pais que não podiam ter filhos visitavam aquele céu, e expressavam ali seu desejo, assim como eu fiz – nesse ponto, começava a inocular a dose necessária de realidade e meu coração doía, constrito. É claro que meus bebês não compreendiam o que eu falava, mas me escutavam e adormeciam todas as noites, tomando o chá-da-verdade adoçado com mel–de-zelo-de-mãe, em conta-gotas.

Parece que minha estratégia deu certo, eles cresceram bem resolvidos sobre esse assunto. Algumas vezes, mais tarde, achei necessário dar um reforço, como acontece com as vacinas; um deles, aos oito anos, se declarou herdeiro da fissura de sua avó por café com leite – avó que ele não conheceu! O que é isso, a genética do café com leite? “Não filho, lembra, você não saiu da minha barriga, não pode herdar da minha mãe qualquer mania.“, para horror da psicóloga aflita que me repreendeu: “Não exagera, Jumaida, deve falar a verdade, mas também não precisa esfregá-la na cara das crianças!”.

Vinte anos depois, que fantasmas rondam essas cabecinhas? mas, para não ser “mais realista que o rei” (a pedidos!), não cutuco, aguardo. Estou aqui para ajudá-los a revisitar sua trajetória, se e quando quiserem. Ah! curiosamente, bem mais tarde, encontrei um livro incrível: “Mamãe, por que não nasci da sua barriga?”. Não é que estavam ali os mesmos elementos da minha história – anjos, céu, nuvens, barrigas emprestadas, gente que se procura! Concluí, então, que existe uma espécie de inconsciente coletivo no universo dos aflitos pais adotivos.

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/emnomedofilho/2014/07/19/o-cha-da-verdade/?topo=52,1,1,,165,77