Apresentadora astrid fontenelle apresenta o filho, gabriel, de três meses e meio, emociona-se ao lembrar do processo de adoção e diz que eles são parecidos fisicamente
TEXTO BRUNO DEMINCO
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“Tirei tudo de letra”, diz a mamãe de primeira viagem que ficou um mês sem ajuda de uma enfermeira
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Para entrar no quarto decorado de branco do novo morador do apartamento dúplex, no bairro paulistano do Morumbi, é preciso tirar os sapatos. O ritual foi imposto pela zelosa mamãe Astrid Fontenelle desde que realizou um antigo sonho e adotou Gabriel Fontenelle de Brito, de três meses e meio. Com o filho no colo, a apresentadora começou a entrevista enquanto dava mamadeira e continuou o bate-papo com o pequeno Gabriel dormindo em seus braços. Por mais de uma vez, Astrid se emocionou ao relembrar a expectativa do processo de adoção, que durou quase um ano, e do primeiro encontro com o filho. Logo retomava o rumo da conversa e contou que faz o estilo mãe moderna. “Sou uma mãe descolada, é só ver as roupinhas que eu escolho para ele, o iPod dele tem muita música legal”, conta, coruja, sobre as canções que coloca para Gabriel dormir. O repertório vai de Amy Winehouse a The Clash, em ritmo de música de ninar.
A sintonia entre eles surpreende. O pequeno não tira os olhos da mamãe e ela conversa com o bebê o tempo todo, arrancando deliciosas risadas. “O encaixe entre a gente é perfeito. Somos até parecidos fisicamente, temos o mesmo tom de pele, o mesmo queixo, o mesmo humor”, enumera, orgulhosa.
O processo de gestação de Astrid foi um pouco mais longo do que o das mães biológicas. Em vez dos nove meses, a apresentadora, de 47 anos, esperou quase um ano para ser apresentada ao primeiro filho.
“Ele não nasceu da minha barriga, mas é fruto do meu coração”, emociona- se. Quando deixou, no final do ano passado, o comando do programa diário Happy Hour, exibido pela GNT e gravado no Rio, a apresentadora já tinha entrado com os papéis para a adoção. Mesmo com o fim do relacionamento de sete anos com o empresário Marcelo Checon, ela não desistiu do processo. Nem mesmo quando reencontrou o antigo colega da época do carnaval de Salvador, o produtor do grupo Chiclete com Banana, Fausto Franco, a quem viu com outros olhos. Ela não queria envolverse com ninguém durante sua “gravidez”, mas não resistiu aos encantos de Fausto e do coração. Astrid tratou de deixar claro que ele seria sempre o “namorado da mamãe”, e mais nada.
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“O encaixe entre a gente é perfeito. Somos até parecidos fisicamente, temos o mesmo tom de pele, o mesmo queixo, o mesmo humor”, compara a coruja Astrid
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O produtor teve um papel mais importante. Foi numa ida a Salvador a convite de Franco, em setembro, que ela conheceu Gabriel. Acompanhada de uma amiga, Astrid resolveu visitar o juiz da Vara da Infância da cidade, já que havia optado por adotar uma criança da Bahia ou do Rio de Janeiro, durante o pedido do processo. “Eu tinha ido lá para tomar um café e conversar”, recorda. Uma hora e meia depois, em uma pequena e nada confortável sala de espera, o juiz perguntou se ela queria conhecer um bebê de dois meses e meio e mostrou uma foto. Astrid mal olhou o rostinho da criança no retrato e não cansava de repetir: “Eu quero, eu quero!” Naquela mesma tarde, quando pegou Gabriel nos braços pela primeira vez, ela teve certeza que seu ciclo tinha finalmente chegado ao fim. “Ele se encaixou perfeitamente em meus braços e eu só falava: É meu filhinho! É meu filhinho!”, conta.
Durante a fase de adaptação, que dura em média um mês, Astrid não teve dificuldade de cuidar do filho, mesmo sem a ajuda de uma enfermeira. O único contratempo, conseguiu contornar graças à intuição materna. Ao tomar sua primeira vacina, Gabriel teve uma reação e chegou aos 38 graus de febre. Em vez de comprar a versão do antitérmico específico para bebês, a apresentadora comprou o frasco infantil. A diferença entre eles era o método de aplicação. A apresentadora percebeu que não conseguiria dar a Gabriel com o copinho dosador e teve a idéia de esguichar o liquído na boca do bebê com a ajuda de uma seringa.
Depois descobriu com o pediatra que o medicamento para bebês vem com essa forma de aplicador. “Tirei tudo de letra”, gaba-se a mamãe de primeira viagem. Mas a família da apresentadora pode mesmo aumentar nos próximos anos, já que ela tem planos de dar uma irmãzinha para o primogênito. “Sabe quando você começa a flertar com a idéia?”, antecipa a mãezona
Fonte: http://www.terra.com.br/istoegente/edicoes/481/artigo116973-1.htm