História de família da Rosi Prigol: “Minha família tem a cor do amor”

Queridos,
Com muito carinho compartilho com vocês o relato de vida da Rosi Prigol, presidente do Instituto Amigos De Lucas e feliz mãe do Gilberto (28), da Luiza (25), do Gabriel (08), do Wesley (08) e da Wendy (05).
Que esta e tantas outras histórias que compartilhamos por aqui durante o ano de 2014 sirvam de inspiração para você.
Encerrando as postagens de 2014 com chave de ouro!
Grande beijo, Luciane

O Gabriel chegou com 02 dias de vida através de uma adoção consensual, a mulher que o gerou decidiu doar seu quinto filho tão logo ele nasceu. Prostituta e drogada ele foi o único a ter legalizado a adoção.  Sem esconder essa realidade de meu filho, escrevi um livro para ele, para que, quando grande, ele possa ler e entender essas duas formas de amor, da mãe biológica que decidiu dar a ele uma vida melhor e da mãe adotiva que o recebeu como uma dádiva.
Além do Gabriel, já  tinha dois filhos biológicos adultos : o Gilberto hoje com 28 anos e a Luiza com 25.Em 28.07.2009, o juiz da vara da infância  ligou, solicitando o trabalho do “famílias acolhedoras”, programa do Instituto Amigos de Lucas que acolhia crianças tiradas de casa e que deviam ser levadas a um abrigo. Quando não há vaga nos abrigos, uma família as recebe temporariamente até a volta para casa ou irem para adoção.
Como naquele dia só havia uma família disposta a ficar com os 02 maiores, uma menina com 09 anos e seu irmão com 05 anos, eu e meu marido aceitamos ficar com os dois menores : um menino com 03 anos e sua mana com 03 meses.
Foto dos 4 irmãos

Foto dos 4 irmãos

Estas crianças foram retiradas de casa por drogadicao dos pais que por medo de serem mortos pelo tráfico acabaram fugindo deixando para trás seus 04 filhos dentro de um barraco, sujos e com fome.
Neste dia sem saber passei de mãe de 03 filhos a mãe de cinco.
A história que passamos de lá para cá foram de muita luta contra um sistema que analisa crianças como número de processos.
Foram retirados de nós  ( da outra familia também ) e por quatro meses ficaram abrigados por erro do judiciário.
Foram 04 meses de luta para que os trouxessemos  de volta ao nosso lar.
Hoje após 05 anos e 04 meses obtivemos a certidão de nascimento dos nossos filhos.
Desde a chegada deles os 04 irmãos sempre estiveram juntos, embora vivendo separados em 02 famílias.
O que a vida separou, a adoção uniu.
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Minha família tem a cor do amor.
Rosi Prigol
Presidente Instituto Amigos De Lucas e feliz mãe do: Gilberto (28), Luiza (25), Gabriel (08), Wesley (08) e Wendy (05).

Rosi e os 5 filhos

Vídeo: Adoção Tardia, afeto não tem idade por Simone Uriartt

Queridos,

Compartilho com vocês o trabalho de conclusão da leitora Simone Uriartt sobre Adoção Tardia. Ela é formanda do curso de Design Visual da UFRGS. Quem quiser apoiar o trabalho, o email para contato é suriartt@gmail.com. Linda iniciativa!! Vale a pena assistir!!! Beijos, Lu

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Segue abaixo informações sobre do trabalho:

O objetivo do canal “Adoção Tardia, afeto não tem idade” é desmistificar a adoção tardia, promovendo os benefícios afetivos decorrentes da filiação adotiva.

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Sou formanda do curso de Design Visual da UFRGS e filha por adoção desde os três anos de idade, e minha motivação é ajudar a garantir o direito de toda criança a se desenvolver em um ambiente familiar. Ademais, ter uma postura pró-ativa em relação ao que ocorre a nossa volta e utilizar o conhecimento para melhorar a qualidade de vida, contribui para salientar a responsabilidade social que deve fazer parte da formação de todo profissional. Uma vez que o contexto atual do Brasil ainda apresenta muitos problemas sociais para serem resolvidos, existe espaço para a colaboração de profissionais de diferentes áreas, inclusive o designer. A frase “É impossível ser feliz sozinho” de Tom Jobim transmite minha dedicação por esse projeto, pois desejo que todas as crianças institucionalizadas tenham as mesmas oportunidades que eu tive na vida.

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Link do vídeo:

Para o desenvolvimento desse projeto, participei desde março do Grupo de Apoio à Adoção organizado pelo Instituto Amigos de Lucas de Porto Alegre. Nas reuniões foi possível identificar os principais desafios enfrentados, e com base nessa imersão em contexto foi possível definir qual conteúdo seria abordado e qual seria a melhor mídia e forma de divulgação para sensibilizar os pretendentes à adoção.

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Adoção é a união de interesses. O sonho de adultos em formar, ou ampliar, uma família une-se ao direito da criança e do adolescente, destituídos da família biológica, de crescerem em um ambiente familiar. Atualmente, segundo o Conselho Nacional de Justiça, existem no Brasil 28.151 pretendentes para 5.281 crianças e adolescentes aptos à adoção*. O motivo para tal descompasso deve-se às exigências dos pretendentes em relação a criança desejada, sendo a faixa etária um dos maiores limitantes das chances de adoção.
Além disso, o Acolhimento Institucional é uma alternativa de caráter provisório e excepcional (por lei não deve exceder a dois anos de duração) de proteção da criança e do adolescente, aplicável depois que diferentes formas de auxílio tenham sido oferecidas a famílias em estado de vulnerabilidade. Entretanto, muitas crianças e adolescentes enfrentam uma espera superior a dois anos, e quanto mais tempo aguardarem, menores serão as chances de serem inseridos em uma nova família. O Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária promulgado em 2006 estimou que um ano numa situação de acolhimento significa um prejuízo de quatro meses no processo de desenvolvimento de uma criança.

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Gostaria que o canal tivesse continuidade com a produção de mais episódios e estou em busca de interessados em apoiar o projeto. Contato: suriartt@gmail.com

Professora Orientadora: Maria do Carmo Curtis
Ilustração: Mariana Yatsuda Ikuta

*Dados de 2012

Simone Uriartt

Design Visual | UFRGS

Visitas em abrigos podem incentivar adoção de soropositivos, diz ONG

Já o Judiciário entende que ação pode influenciar casais a adotarem filhos fora do perfil desejado sem um preparo necessário

Para que a adoção de soropositivos deixe de ser exceção no país, o Instituto Amigos de Lucas luta para que os candidatos a pais possam visitar os abrigos. Conforme a presidente da organização, Maria Rosi Marx Prigol, a medida é permitida em algumas comarcas e pode contribuir para que crianças com HIV recebam um lar adotivo.

— Ver os abrigados pode fazer os pais mudarem o perfil de “criança desejada” para a “criança real”. Falta sensibilidade do Judiciário — informa Rosi.

A juíza substituta do 2° Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre, Vera Lúcia Deboni, discorda da presidente da ONG. Magistrada com atuação na área da infância desde 1995, Vera relata que a visita desses casais em abrigos pode induzir à adoção de filhos fora do perfil desejado sem um preparo necessário. A ação, conforme a juíza,

pode refletir na devolução de crianças, que gira em torno dos 10% atualmente.

— Tenho convicção que não podemos tratar essas crianças como se elas estivessem em “oferta” para a adoção. Não são adultos em busca de filhos, são crianças em busca de pais — afirma Vera.

Autorizar a visitação em abrigos de casais habilitados à adoção seria inverter essa lógica, conforme a magistrada. Vera concorda que a adoção de soropositivos é exceção no país, mas relata que o caminho para mudar o quadro é o investimento em campanhas de conscientização sobre o HIV.

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/12/visitas-em-abrigos-podem-incentivar-adocao-de-soropositivos-diz-ong-4653691.html